segunda-feira, 30 de abril de 2012

DESAFIO LITERÁRIO 2012- ABRIL


OS RESÍDUOS DO DIA

Autor: Kazuo Ishiguro
Tradução: Jose Rubens Siqueira
Editora: Companhia Das Letras
Páginas: 268

Para o mês do Desafio – escritor oriental – o autor é adequado, já que ele é japonês, mas a história se passa na Inglaterra. Enfim, foi um bom livro que tentarei passar minhas impressões adiante.
A capa do livro é a foto de uma pintura: “The Dinner Party” um óleo de Henry Sargent. Que retrata uma típica sala de jantar inglesa com várias pessoas a mesa e empregados servindo. Nada que chame a atenção, assim como toda a narrativa deste livro.
O livro é sobre um mordomo próximo da velhice e se passa no ano de 1956. O texto é narrado por Stevens, o mordomo, como se fosse um diário. Embora algumas vezes ele faça perguntas sobre a nossa opinião, ou quem sabe ao diário. È um tom confessional, onde ele volta as questões já narradas e por vezes muda de opinião ou acrescenta algo mais. A história começa com Mr. Stevens, como seria mais apropriado chamá-lo, saindo para uma viagem de carro pelo interior da Inglaterra. Uma semana de féruas, após muitos anos de trabalho, que também tem a intenção de convencer uma antiga governanta da casa, Darlington Hall, a retornar ao serviço.  Durante a viagem ele reflete seus trinta anos de serviço dedicados ao Lord Darlington, pessoa que ele admira e tece muitos elogios. Assim como começa descrevendo a governanta, Miss Kenton, como excelente profissional e amiga. Ao longo da narrativa tudo vem a ser questionado.  Mr. Stevens se mostrou contido, reprimido e por vezes insensível. Ou talvez tenha se assim por conta de sua profissão, ou como achava que deveria ser.
A leitura do livro é fácil, embora não aconteçam muitas coisas e não tenhamos expectativas, não é enfadonho. O que mais gostei do livro foi a aparente simplicidade, mas que revelava uma grande complexidade de sentimentos. No final me deixou um vazio, que ainda não sei dizer se foi em função da vida de Mr. Stevens ou na nossa própria existência. Mereceu o Booker Prize (1989).

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